Inicialmente concebido para abrigar uma extensão da Biblioteca Mário de Andrade, o Centro Cultural São Paulo foi, no decorrer de suas obras, recebendo uma série de adaptações que o transformaram em um dos primeiros grandes espaços culturais multidisciplinares do país.

Inaugurado em 1982, o centro oferece espetáculos de teatro, dança, música, mostras de artes visuais, projeções de cinema e vídeo, oficinas, debates e cursos, e mantém sob sua guarda expressivos acervos da cidade de São Paulo, como a Coleção de Arte da Cidade, a Discoteca Oneyda Alvarenga, a Coleção da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, o Arquivo Multimeios e uma rica biblioteca que ocupa uma área superior a 9 mil m².

Localizado em um ponto estratégico da cidade, atravessado entre a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de maio, próximo à Avenida Paulista e junto a duas estações de metrô, a instituição tem um número expressivo de frequentadores. Sua programação diversificada, oferecida gratuitamente ou a preços populares, atrai faixas distintas da população, fazendo do Centro Cultural São Paulo um dos espaços culturais mais democráticos da cidade.

Com quatro pavimentos e uma área de 46.500 m², seu projeto arquitetônico se destaca pela maneira como se integra ao espaço urbano. O projeto dos arquitetos Luiz Benedito Telles e Eurico Prado Lopes dissolve a construção na topografia do terreno. Sem barreiras, convida, quem passa, a entrar. Para quebrar a rigidez do concreto e do aço, a base da construção, o projeto arquitetônico previu imensos espaços vazados e envidraçados que permitem a entrada de luz natural, e ainda manteve, no centro da construção, um jardim de 700m², onde a vegetação original foi preservada. Aliás, pioneiro na tendência ecológica, em boa parte da cobertura da edificação são cultivados extensos jardins, que lhe conferem mais frescor interno, conforto, além de contribuir no combate à poluição da metrópole.