No início do século XX, com o incêndio que destruiu o Teatro São José (na Praça João Mendes), tornou-se imperativa a construção de um espaço à altura das grandes companhias estrangeiras que se apresentavam na cidade.
Assim, em 1903, após a aprovação na Câmara dos Vereadores, o arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi iniciaram a construção do Theatro Municipal de São Paulo. Após 8 anos de intensos trabalhos, a principal casa de espetáculos da cidade foi inaugurada com a ópera Hamlet, de Ambroise Thomas, diante de uma multidão de 20 mil pessoas que se agrupava em sua porta.
A idealização e construção do Theatro Municipal de São Paulo foi considerada ousada para a época: influenciada pela Ópera de Paris, com sua arquitetura externa pontuada por traços renascentistas barrocos do século XVII e, na interna, muitas obras de arte, com bustos, medalhões, pinturas, vitrais, colunas neoclássicas, mosaicos e mármores, que garantem o deleite de quaisquer espectadores, em todos os tempos.
Dois grandes restauros marcaram mudanças e renovações no Theatro: em 1951, criaram-se novos espaços funcionais, pavimentos e instalou-se o órgão G. Tamburini; o mais recente, de 1986 a 1991, comandado pelo Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, restaurou todo o edifício e instalou estruturas e equipamentos mais modernos.
Quase um século após sua inauguração, o Theatro Municipal de São Paulo representa para a cidade o mesmo que significou ao ser inaugurado, em 12 de setembro de 1911.