Com origens que remontam aos anos 40, a Fundação Bienal de São Paulo foi criada em 1962, dando continuidade ao processo de modernização da sociedade e à criação das bases institucionais e culturais que levaram São Paulo a ingressar no circuito internacional das artes. Até esta época, os investimentos governamentais na produção cultural se restringiam ao Rio de Janeiro, capital do país. Em São Paulo, a produção artística estava ligada à iniciativa privada, aos ricos de uma elite tradicional que vez por outra faziam doações ou intermediavam as relações e contatos com políticos.
Em 1949, logo após a inauguração do Museu de Arte Moderna - MAM, o empresário Ciccillo Matarazzo propôs a realização de uma grande mostra internacional inspirada na Bienal de Veneza. Superando várias dificuldades, principalmente o fato do Brasil até então estar fora do circuito internacional de artes e assim não ter qualquer tradição ou presença política, a 1ª Bienal de São Paulo foi inaugurada em 20 de outubro de 1951, na antiga esplanada do Trianon (onde hoje fica o MASP), cedida pela Prefeitura. No pavilhão adaptado, 1.854 obras representaram 23 países. Seu sucesso foi estrondoso.
Em 1957, a Bienal de São Paulo passou a ocupar definitivamente sua atual sede no Parque do Ibirapuera, o Pavilhão Ciccilio Matarazzo.
Em mais de meio século de existência, suas edições representaram mais de 150 países, 11.000 artistas e 60.000 obras, num espaço que permitiu a convivência de várias expressões artísticas. A Bienal de São Paulo é o evento que realmente projeta o Brasil no cenário mundial, e está entre os 5 mais importantes do mundo em sua categoria.
A 27ª Bienal de São Paulo mostra ao público a produção artística contemporânea, discutida e analisada em seminários desde janeiro de 2006. Artistas de várias partes do mundo passaram meses no Brasil preparando novas obras que, junto à produção nacional, ficam expostas ao público de 7 de outubro a 17 de dezembro de 2006.
Esta Bienal tem menos artistas (um total de 118), mas conta com mais obras de cada um, todos gravitando no tema central "Como Viver Junto", uma reflexão sobre a vida coletiva em espaços partilhados.
Para se ter uma idéia da grandiosidade e qualidade dessa mostra, clique nos pontos das plantas abaixo e se deslumbre.