Com o tema "Há sempre um copo de mar para um homem navegar", a 29ª Bienal de São Paulo traz cerca de 850 obras e 600 legendas, de 159 artistas nacionais e internacionais, expostas até 12 de dezembro de 2010. O evento tem o objetivo de ser, simultaneamente, uma celebração do "fazer" artístico e uma afirmação de sua importância junto à sociedade e à vida.
Esta edição afirma e estreita a ligação entre arte e política, tomando emprestado a temática do poeta Jorge de Lima, um verso de sua obra "Invenção de Orfeu", de 1952. Esta expressão sugere que a dimensão utópica da arte está contida em sí mesma, e não no que está além de sí.
Experimentalmente, não é uma mostra apenas contemplativa: ela oferece ao público visitante diversas formas de "experimentar a potência transformadora da arte". Ambiciosamente respondendo a este desafio, seis espaços de convívio que, além de servirem para pausa antes de continuar no percurso da mostra, são usados para atividades diversas, como projeções, falas, performances e leituras. Os espaços são chamados de "terreiros", remetendo aos largos, praças, terrações, templos e quintais; lugares abertos ou fechados, onde, no Brasil, se dança, canta, brinca, chora, toca, conversa, joga ou se ritualiza o híbrido espiritual do país.
As programações estabelecidas para os "terreiros" implicam a participação de muitos outros artistas na 29ª Bienal, além dos incluídos nos espaços expositivos.
Curadores: Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias
Co-curadores: Chus Martinez, Fernando Alvim, Rina Carvajal, Sarat Maharaj e Yuko Hasegawa